Conforto e inteligibilidade do som no escritório com forros acústicos
Data: 26/02/2015

Pensar em conforto na Arquitetura Corporativa não se limita apenas à ergonomia do mobiliário ou à beleza estética da ambientação. O conceito de conforto vai bem mais além, abrangendo todas as condições e necessidades dos ocupantes, inclusive com relação ao som, muitas vezes deixado de lado pelos empresários e executivos.

A reverberação dentro das salas e estações de trabalho é altamente prejudicial ao entendimento da comunicação humana, uma vez que promove um contexto de barulho e falta de inteligibilidade sobre as mensagens transmitidas. Tal cenário tende a culminar em humores estressados, distraídos e pouco produtivos, os quais em nada contribuem para o andamento dos negócios.

É fundamental estar atento a essa questão, principalmente se o escritório possuir um modelo de layout do tipo open space ou panorâmico. Sem uma solução acústica adequada para esses casos a convivência pode se tornar insustentável.

A solução vem do alto

Arquitetura corporativa forro acústico

Fonte: West General Acoustics.

Dentre todos os componentes que integram a estrutura de um ambiente, o teto é a principal área de reflexão dos sons produzidos. Por isso ele deve ser o alvo das adequações na empresa. Além disso, os forros são mais suscetíveis ao tratamento acústico do que outros elementos.

A absorção do som pelo chamado forro acústico é uma das formas de disciplinar a reverberação sonora e contribuir para com a uniformização do campo acústico. Entretanto, para um resultado mais efetivo, é recomendável coordenar outros fatores, como pisos e paredes.

Como explica Mitsuo Yoshimoto, físico do Laboratório de Conforto Ambiental e Sustentabilidade dos Edifícios/Cetac, do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo):

“Eles [os forros acústicos] proporcionam uma adequada absorção sonora nos ambientes internos, melhorando o tempo de reverberação do som. Também propiciam maior privacidade, atenuando a transmissão do som através do plenum de um ambiente para outro”.

Os materiais absorventes que compõem esse tipo de forro convertem em calor parte do som que incide sobre eles. A outra porção é refletida de volta ao ambiente. Quanto mais som for absorvido, maior é o coeficiente de absorção sonora do material. Essa absorção é representada em índices por faixa de frequência, dentro da faixa audível para o ouvido humano.

Materiais

Os forros acústicos podem ser feitos de materiais porosos ou fibrosos, perfurados ou ranhurados, rígidos ou semirrígidos, ou de estrutura microcelular. O desempenho do produto varia de acordo com sua espessura, montagem e acabamento.

Vale destacar que para definir o tratamento adequado a cada espaço é necessário medir o espectro do ruído e como ele se comporta em todas as faixas de frequência. A verificação dos níveis de intensidade sonora e do desempenho aceitável é realizada segundo a NBR 10.152 (em revisão), que fixa as condições para a avaliação da aceitabilidade do ruído ambiente.

10 fatores para a especificação do forro acústico

A absorção de som é o principal critério de um produto acústico. Porém, há outras variáveis importantes a serem observadas, tais como:

  1. 1. Tipo de ocupação do ambiente;
  2. 2. Ambiente a construir ou já construído;
  3. 3. Propriedades termoacústicas;
  4. 4. Resistência ao fogo;
  5. 5. Sistema de suspensão e fixação;
  6. 6. Interferências no tempo de reverberação, na difração e na reflexão do som;
  7. 7. Compatibilidade co produto com coberturas, pé-direito e iluminação;
  8. 8. Facilidade de instalação, manutenção e reposição de peças;
  9. 9. Grau de sustentabilidade do material;
  10. 10. Atendimento às normas ambientais.

A especificação do forro acústico deve ser realizada por profissionais especializados e, de preferência, logo no início do projeto, pois dessa maneira é possível encontrar as soluções mais coerentes e econômicas. Os esforços despendidos para corrigir a acústica de ambientes já construídos costumam ficar aquém das expectativas, além de serem mais onerosos.

De qualquer modo, uma equipe experiente em Arquitetura Corporativa saberá trabalhar os melhores recursos para sua equipe e seus negócios. Entre em contato com a DABUS ARQUITETURA agora mesmo e saiba como podemos desenvolver o seu projeto!

Referências: Revista aU, Vibranews, TRISOFT Blog.

Compartilhe este post