Um projeto de Arquitetura Comercial deve andar lado a lado com as orientações do Marketing. Quando falamos em restaurantes estamos falando também em negócios que precisam se estabelecer no mercado, ganhar visibilidade e conquistar o amor do público-alvo. Todavia, para atingir esses objetivos é de vital importância que seja construída uma identidade única, com valores bem definidos e estilo próprio.

Sem uma marca forte um estabelecimento comercial sucumbe facilmente às investidas da concorrência. O erro de muitos empreendedores nesse sentido é investir apenas no desenvolvimento de elementos gráficos, como logotipo, cartão de visita, site e anúncios. Com uma concepção meramente “instrumental”, eles se esquecem, ou desconhecem, que a identidade da marca pode (e deve) ser expressa das mais variadas maneiras e em todos os momentos possíveis.

No caso dos restaurantes é indispensável que o ambiente físico reflita aquelas características próprias do conceito idealizado, pois, dessa forma, além de apresentar uma estética mais atrativa, a Arquitetura consegue promover uma experiência de imersão inesquecível, que fixa na mente dos clientes a imagem adequada do negócio.

5 fatores que evidenciam a marca do restaurante

Veja a seguir alguns fatores de extrema relevância para a composição da identidade do estabelecimento.

1. Dimensionamento do espaço

Sim, até mesmo o metro quadrado disponível deve estar em consonância com a imagem que se pretende criar. Para um restaurante que deseja ser percebido como um lugar calmo e sofisticado, por exemplo, o mais indicado é a utilização de um espaço maior, onde as cadeiras não entram em choque com a movimentação dos ocupantes e onde a visão não está limitada pela poluição visual.

Projeto do Studio Linse para o RIJKS®,  restaurante situado no famoso Rijksmuseum | Fonte: Studio Linse.

2. Design do mobiliário

O mobiliário pode facilmente revelar qual é a proposta do local. Com suas formas, cores e materiais, os móveis remetem a uma aparência peculiar, com estilo e personalidade (mais ou menos) marcantes. Para um estabelecimento vintage e romântico, por exemplo, peças com armação em ferro fundido, formatos arredondados e estofados (nas cadeiras) podem cair muito bem.

Projeto de Tibbatts Abel para o bar e restaurante Copper Blossom | Fonte: Citylicious.

3. Clima da iluminação

A iluminação também tem personalidade e, por isso, pode corroborar muito para expressar a identidade da marca. Se a luz for branca (fria) e preencher todo o espaço, o clima pode parecer um tanto formal, mas se estiver em uma incidência mais baixa e com uma tonalidade amarelada (quente), então, a atmosfera se torna mais acolhedora e relaxante. Há diversas configurações possíveis nesse quesito, só é preciso coordená-las de acordo com o conceito do restaurante.

Projeto de I-AM para o restaurante Lumee, com inspirações no Oriente Médio | Fonte: Retail Design Blog.

4. Tipos de materiais

Materiais e suas cores, texturas e formas são excelentes artifícios para transmitir sensações. Se a ideia for apresentar uma estética futurista, por exemplo, metais, vidros e revestimentos lisos são perfeitos para levar os ocupantes a uma viagem no tempo. Já para ambientes rústicos ou ligados à natureza, a madeira tende a ser a melhor opção.

Projeto do Studio Yaron Tal para o restaurante Segev Kitchen Garden | Fonte: Contemporist.

5. Aplicação das cores

Quer algo mais expressivo que as cores? Elas são primordiais no desenvolvimento da Identidade Visual e, por isso, devem ser muito bem planejadas. Na Arquitetura Comercial elas precisam estreitar relações com o público-alvo a partir de conotações como: masculino ou feminino; moderno ou retrô; industrial ou artesanal; adulto ou infantil.

Projeto da DABUS ARQUITETURA para o café e restaurante Domitila | Fonte: DABUS.com.br.

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